ATA DA SEPTUAGÉSIMA SÉTIMA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 26-8-2013.
Aos vinte e seis dias do
mês de agosto do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha
do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas
e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo,
Christopher Goulart, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Mauro
Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Séfora
Mota e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
vereadores Cassio Trogildo, Elizandro Sabino, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins
Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Sofia Cavedon, Valter Nagelstein
e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado o Substitutivo nº 01, de autoria do
vereador Christopher Goulart, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 116/13
(Processo nº 1296/13). Após, foi apregoado o Ofício nº 1030/13, do senhor
Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/13
(Processo nº 2495/13). Também, foi apregoado Requerimento de autoria do
vereador Nereu D’Avila, deferido pelo senhor Presidente, solicitando o
desarquivamento do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 028/07
(Processo nº 9282/07). Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de
Saúde do Ministério da Saúde, emitidos no dia doze de agosto do corrente.
Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas Declaratórias da Sexagésima
Quinta e Sexagésima Sexta Sessões Ordinárias. A seguir, o senhor Presidente
concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao irmão Albano Thiele, Diretor-Geral
da Fundação Diocesana O Pão dos Pobres de Santo Antônio, que discorreu sobre a
história e o trabalho desenvolvido por essa entidade. Ainda, nos termos do
artigo 206 do Regimento, os vereadores Any Ortiz, João Carlos Nedel, Idenir
Cecchim, Airto Ferronato, Christopher Goulart, Sofia Cavedon e Bernardino
Vendruscolo manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna
Popular. Às quatorze horas e quarenta e quatro minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e cinco
minutos. Após, foram aprovados Requerimentos verbais formulados pelo vereador
João Carlos Nedel, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente
Sessão. Em prosseguimento, foi realizado o período de COMUNICAÇÕES, hoje
destinado a assinalar o transcurso do quadragésimo terceiro aniversário do 3º
Batalhão de Polícia do Exército, nos termos do Requerimento nº 142/13 (Processo
nº 2299/13), de autoria do vereador João Carlos Nedel. Compuseram a MESA: os
vereadores Bernardino Vendruscolo e João Carlos Nedel, respectivamente 1º
Vice-Presidente e 3º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre; o
tenente-coronel Rodrigo Ferraz Silva, Comandante do 3º Batalhão de Polícia do
Exército; e o tenente-coronel Marco Antônio Ribeiro, representando o Comando
Militar do Sul. A seguir, foi ouvido o Hino Nacional, executado pela Banda do
3º Batalhão de Polícia do Exército, sob a regência do maestro Luis Pedro Pires
Fernandes. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores João Carlos Nedel, em
tempo de proponente e em tempo cedido pelo vereador Airto Ferronato, e
Bernardino Vendruscolo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se a vereadora
Mônica Leal. Em continuidade, o senhor Presidente convidou o vereador João
Carlos Nedel a proceder à entrega, ao tenente-coronel Rodrigo Ferraz Silva, de
Diploma alusivo à presente solenidade, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que
agradeceu a homenagem prestada por este Legislativo. Também, foi ouvida a
Canção do 3º Batalhão de Polícia do Exército, executado pela Banda do 3º
Batalhão de Polícia do Exército, sob a regência do maestro Luis Pedro Pires
Fernandes. Às
quinze horas e vinte e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e trinta e dois minutos. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Mauro Pinheiro, em tempo cedido
pela vereadora Any Ortiz, Fernanda Melchionna, Clàudio Janta, este em tempo
cedido pelo vereador Mario Fraga, e Sofia Cavedon. Após, foi apregoado Requerimento de
autoria do vereador Mario Fraga, Vice-Líder da Bancada do PDT, solicitando, nos
termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para
a vereadora Luiza Neves, do dia de hoje ao dia vinte e nove de agosto do
corrente. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Prof. Alex Fraga, Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo e Alberto Kopittke. EM PAUTA ESPECIAL,
Discussão Preliminar, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº
029/13. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de
Lei Complementar do Legislativo nos 009 e 025/13, os Projetos de Lei
do Legislativo nos 010, 074, 124, 140, 155, 161, 179, 180, 181, 182,
183, 184, 185, 186, 215, 253 e 268/13, o Projeto de Lei do Executivo nº 031/13;
em 2ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/13, discutido pelo
vereador Clàudio Janta, os Projetos de Lei do Legislativo nos
201/12, 105, 114, 119, 143 e 173/13, o Projeto de Resolução nº 025/13. Durante a Sessão, os vereadores Clàudio
Janta, Sofia Cavedon, Mauro Pinheiro, Bernardino Vendruscolo e Airto Ferronato
manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Ainda, foi registrada a presença,
neste Plenário, do vereador Miguel Crizel, da Câmara Municipal de Guaíba –
RS. Às dezesseis horas e quarenta e dois minutos, o senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão
Extraordinária a ser realizada a seguir.
Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Bernardino
Vendruscolo e João Carlos Nedel e secretariados pelo vereador João Carlos
Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada,
será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos
à
TRIBUNA
POPULAR
O
Sr. Albano Thiele, Diretor-Geral da Fundação Diocesana o Pão dos Pobres de
Santo Antônio, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para
tratar de assunto relativo ao trabalho desenvolvido pela entidade.
O SR. ALBANO THIELE: Boa-tarde! Ao saudar a Ver.ª Any,
promotora deste nosso encontro, quero saudar todos os presentes nesta Casa,
incluindo as pessoas da nossa instituição. O Pão dos Pobres de Santo Antônio
celebrou, no dia 15 de agosto, 118 anos de existência. Essa fundação ocorreu
devido à guerra fratricida da Revolução Federalista no Rio Grande do Sul. Muitas
mortes geraram famílias destroçadas em
que viúvas e órfãos não tinham como
se manter e buscavam alimentos junto à Cúria Metropolitana. O Cônego José Marcelino de Souza Bittencourt foi nomeado pároco da Catedral de Porto Alegre em
1887. Após a Revolução Federalista,
viu-se rodeado de órfãos e viúvas que pediam
ajuda das mais diversas, sendo que 15
de agosto de 1895 foi a data escolhida para fundar a entidade, à qual deu o nome de Pia União do Pão dos
Pobres de Santo Antônio. Escolheu
essa data por ser festa da Assunção de Maria
ao céu e porque 15 de agosto é a data de nascimento de Santo Antônio. Até o ano de 1900, a Pia União não tinha local para acolher os necessitados. Um incêndio que destruíra a mansão
da Baronesa de Gravataí ocasionou a
venda da área, sendo adquirida pelo Cônego
José Marcelino Bittencourt em nome da Cúria, e é nela que está até hoje a Fundação Diocesana o Pão dos
Pobres de Santo Antônio.
Até 1916, a instituição era dirigida
por sacerdotes. Devido ao crescimento da Fundação, o número de crianças órfãs e da necessidade de dispor
de mais pessoas para atender a obra, Dom João Becker, então arcebispo de Porto Alegre, buscou a Congregação dos Irmãos das Escolas
Cristãs, irmãos lassalistas, para dar
continuidade à obra.
Em 1925, o Irmão Júlio Xantin Nicolas, francês de vasta experiência em
internatos na França, idealizou um grande internato para acolher até 300 crianças e jovens.
Conclamou a população de Porto Alegre. Criou uma comissão de 30 damas e 77 cavalheiros da
alta sociedade: do Governo do Estado, do Município, dos militares e do empresariado em geral. A empolgação foi tamanha que,
em 13 de junho de 1930, Dia de Santo Antônio, foi solenemente inaugurado o
prédio de quatro pisos ainda hoje existente e declarado patrimônio
histórico-cultural. Paralelamente ao prédio de internato, foi construído o
prédio das oficinas, de 4.000 metros quadrados. Dona Maria Luiza de Carvalho
Palmeiro, esposa do Sr. Luiz Palmeiro, não tendo filhos, destinou a sua herança
na construção dessa área, pondo como condição denominá-lo Liceu de Artes e
Ofícios Luiz Palmeiro, o que efetivamente aconteceu, sendo inaugurado
juntamente com o prédio do internato. A instituição passou pelas seguintes
denominações: Pia União do Pão dos Pobres de Santo Antônio, Orfanotrófio Santo
Antônio, Orfanato Pão dos Pobres de Santo Antônio, e, finalmente, em 1928,
oficializou-se o nome hoje: Fundação Diocesana o Pão dos Pobres de Santo
Antônio.
Nossa
proposta: com atuação direcionada para a área de educação acadêmica,
assistência social e profissionalização, ao longo de sua historia, a Fundação
abriu espaços para ampliar o seu atendimento na proteção e efetivação da
garantia de direitos da criança e do adolescente, oportunizando-lhes o
desenvolvimento pessoal, profissional e uma nova perspectiva de vida.
Atualmente, o Pão dos Pobres atende mais de 1.200 crianças e jovens em seus
projetos.
Nossos
projetos: como atendimento às crianças, temos o Centro de Atendimento Integral,
o Cati, que atende em regime de apoio socioeducativo a crianças e adolescentes
de seis a 17 anos com direitos ameaçados ou violados, visando à proteção
integral, o direito à infância e o exercício efetivo da cidadania numa busca
contínua no trabalho de formação integral. Procura construir cidadania através
de ações de resgate da identidade de formação e de educação, auxiliando e
potencializando-os na construção de sua autonomia e no seu projeto de vida
familiar e comunitária. O foco pedagógico se dá no campo lúdico relacional com
a oferta de oficinas complementares nas áreas cultural, artística, desportiva,
social e religiosa. O Centro de Educação Profissional – CEP tem como objetivo
tornar cidadãos e profissionais para o mundo do trabalho. Neste ano, atendemos,
nos cursos técnicos e profissionalizantes, em torno de 600 jovens adolescentes
a partir dos 16 anos de idade em vulnerabilidade social e situação de violência
de direitos. Desenvolve seus cursos embasados em programas da Lei da
Aprendizagem, Decreto nº 5.598/05. Os cursos profissionalizantes oferecidos
são: elétrica industrial e predial, mecânica de automóveis, serralheria,
marcenaria, informática básica, manutenção de computadores, reparador de
circuitos eletrônicos, mecânica de usinagem, e assistente administrativo. Ainda
promove cursos técnicos, curso médio e pós-médio de manutenção e suporte em
informática, fabricação mecânica, com duração, todos, em torno de 1.200 a 1.600
horas. Além de formar profissionais competentes, busca dar a formação humana
integral de gestão de cidadania para todos esses jovens. O CEP conta com ótimos
laboratórios, com equipe técnica apropriada e com acompanhamento e suporte
tanto de educador quanto educando. A frequência na escola regular do turno
inverso é condição necessária e obrigatória para a permanência do jovem nesses
cursos, nesta instituição. Neste ano de 2013, o Pão dos Pobres criou, em
parcerias, cursos também de curta duração em gastronomia e manutenção de
elevadores. O Programa de Oportunidades e Direitos Sócio-educativos – POD tem
como objetivo ajudar a reduzir a violência e reduzir a reincidência de ato
infracional entre os egressos da FASE. O Pão dos Pobres atende o eixo II do
programa, que prevê apoio e acompanhamento ao jovem e à sua família na inserção
social e no mercado de trabalho por meio da inclusão em oficinas e nos cursos
profissionalizantes. Atende hoje em torno de 60 jovens. O Acolhimento
Institucional é com profissionais capacitados, estrutura física privilegiada, a Fundação se adequou às prerrogativas legais
do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e hoje acolhe
crianças e adolescentes em quatro unidades de Acolhimento
Institucional. Cada unidade abriga 20 crianças e adolescentes,
possibilitando a eles o desenvolvimento integral. Trabalhamos para possibilitar a capacidade de ponderação e ação das crianças e dos adolescentes e de suas famílias – quando essa
existir – diante de suas histórias de vida, para que possam se desenvolver enquanto indivíduos íntegros, com direitos e deveres, possibilitando-lhes assim vivenciar um processo de mudança além de uma perspectiva inovadora de experiência e de projeto de vida. Desde o seu início o Pão dos
Pobres mantém seu trabalho com arrecadação financeira
oriunda prioritariamente de empresas parceiras e
sociedade civil conveniada. A Proposta do Pão dos Pobres é formar cidadãos, principalmente aos que não têm acesso a essa formação. Aqui as crianças e adolescentes deixam as ruas em busca de uma nova perspectiva de vida, encontrando na Fundação o apoio necessário para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. É através desse trabalho que estes jovens saem daqui prontos para buscar seu espaço na sociedade orgulhosos de
terem pertencido a esta instituição e terem mudadas as suas vidas. Agradecemos o espaço que nos é concedido
e declarar que cabe muito bem que na casa do povo esta homenagem seja dada pelos seus 118 anos de existência, e quero dizer que esta Instituição é de Porto Alegre, pois desde o seu início o povo porto-alegrense sempre se envolveu na ajuda para a consecução das suas finalidades institucionais e graças a essa participação e contando com a mesma para o futuro, pretendemos por muitos anos dar continuidade à nossa missão.
Era o que nós
tínhamos a dizer. Obrigado mais uma vez a esta Casa do Povo que nos acolhe e a
todas as pessoas que estão nos ouvindo dessa maneira e que nos ajudaram até
agora. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Thiago):
A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. ANY ORTIZ: Muito boa-tarde, Irmão Albano; todos da Escola Pão dos
Pobres, público que nos assiste nas galerias; João, que está à frente desse
trabalho tão bonito. Gostaria de agradecer a presença do Pão dos Pobres aqui na
nossa tribuna hoje para falar desse projeto tão importante e tão bonito que
atende à cidade de Porto Alegre. Também quero reforçar alguns tópicos que o
Irmão Albano colocou muito bem sobre o fortalecimento da cidadania dessas
crianças que estão aqui e que tiveram a violação dos seus direitos. Peço a
licença de vocês para falar de frente para eles.
Esse trabalho que o Pão dos Pobres
oferece é totalmente gratuito e sobrevive de doações. Por isso, eu considero de
extrema importância esta vinda dos senhores aqui hoje para poder contar um
pouco mais o que o Pão dos Pobres faz, para mostrar para toda a sociedade,
através, inclusive, da nossa TVCâmara, esse trabalho tão gratificante e esse
atendimento que fortalece os vínculos entre as crianças que estão lá e suas
famílias podendo formar cidadãos muito melhores, ajudando a sua cidadania.
Gostaria, mais uma vez, de parabenizá-lo,
Irmão, de parabenizar o João, também, e de agradecer do fundo do coração a
presença de vocês aqui na Câmara, porque engrandecem sempre os nossos debates.
Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Irmão Albano Thiele, quero, em nome da
Bancada do Partido Progressista, da Ver.ª Mônica Leal, do Ver. Guilherme Socias
Villela e do meu, dar-lhe as boas-vindas, cumprimentá-lo e agradecer pelos 118
anos de solidariedade, de amor ao próximo, que é o Pão dos Pobres. Quando o
senhor, Irmão, vem aqui dizer que presta assistência a 600 jovens, isso é de
emocionar, porque o Pão dos Pobres está cuidando do futuro da nossa Cidade, do
futuro do nosso País, que são, justamente, os jovens. Quando o senhor vem aqui dizer
que dá formação nos cursos de elétrica industrial e predial, manutenção de
computadores, assistência administrativa, mecânica de automóveis, e ainda
também cidadania e civismo, tão necessários para a nossa juventude hoje, agora
também os novos cursos de gastronomia e de manutenção de elevadores e, ainda, o
tão necessário reforço escolar, a gente tem que agradecer a Deus por esse
talento que transmite a sua Fundação o Pão dos Pobres. Porto Alegre e esta Casa
precisam agradecer esse imenso trabalho de amor e solidariedade para com o
futuro do nosso País. Parabéns. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir Cecchim está com a apalavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr.
Presidente; Irmão Albano; em nome da Bancada do PMDB, em meu nome, em nome dos
Vereadores Lourdes Sprenger, Valter Nagelstein e Professor Garcia, eu quero
dizer ao senhor, Irmão Albano, que a sua Fundação está a quase 120 anos
prestando serviço a essas pessoas que precisam mesmo, no último degrau,
ensinando as profissões que são muito importantes, mas mais importante do que
isso, para nós que somos católicos, é ensinar o caminho, ensinar as pessoas a
trilharem o bem, a fazerem o bem. E aqui eu sei que o Pão dos Pobres faz isso
com muita competência, com muita dedicação e com muito amor. Por falar em amor,
eu queria fazer uma homenagem, Irmão Albano, a alguém que partiu há pouco
tempo, ao Irmão Valério, que Deus esteja ao lado dele e que ele continue
olhando por nós. Eu aprendi a gostar mais ainda do Pão dos Pobres com as
chamadas que o Irmão Valério fazia para que nós fôssemos até lá. Que Deus
abençoe a todos vocês! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Thiago, quero fazer uma saudação ao Irmão Albano e, em seu
nome, saudar toda a Direção e servidores da Fundação Pão dos Pobres de Santo
Antônio, e trazer um abraço fraterno e carinhoso às crianças e jovens lá do
nosso Pão dos Pobres. Estou falando aqui em meu nome, em nome da Bancada do PSB
e em nome também do Ver. Paulinho Motorista, e eu vou começar com a última
frase que o senhor falou da tribuna, quando o senhor disse que essa é uma
instituição de Porto Alegre. Com seus 118 anos, que merece um reconhecimento
todo especial nosso, aqui, da Câmara, tenham a certeza, o senhor e os nossos
jovens, que Porto Alegre reverencia a nossa instituição Pão dos Pobres de Santo
Antônio. Em Porto Alegre, se falarem quais as instituições que temos, públicas,
privadas, políticas, assistenciais, se falarmos no Pão dos Pobres, não vou
dizer que haverá cem por cento de reconhecimento, para não exagerar, mas
acredito que chegaremos muito perto disso, pois todo cidadão e toda cidadã de
Porto Alegre reconhecem a importância da instituição, reconhecem o valoroso
trabalho que os senhores e as senhoras prestam na instituição e reconhecem,
antes de mais nada, o carinho, o que representam e expressam para Porto Alegre
a criança e o jovem que estão lá, com esperança de um futuro melhor, sabendo da
sua assistência.
Portanto, o nosso abraço, parabéns, e quero
dizer que a Câmara está orgulhosa hoje de contar com a presença de todos vocês.
Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Christopher Goulart está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
CHRISTOPHER GOULART: Sr. Presidente, Irmão Albano, falo em nome da
minha Bancada, em nome dos Vereadores Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr.
Thiago, Luiza Neves, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Nereu D’Avila; quero dizer
que conheço muito bem o trabalho do Pão dos Pobres, até porque, quando não
estou aqui, substituindo, no caso, o Ver. Guilherme Socias Villela, eu sou
Subsecretário da Pasta de Assistência Social do Município de Porto Alegre, da
FASC. Logo, sou um admirador do trabalho.
Tenho certeza de que a instituição Pão dos
Pobres é muito reconhecida e admirada em toda a Cidade pelo seu trabalho focado
na assistência social. Nós viemos de um Partido que prega a educação em turno
integral, portanto, tem todo o nosso reconhecimento, seja no trabalho do
acolhimento institucional, no trabalho de orientação, no trabalho de educação,
que dá um norte para essas crianças, esses jovens que, em um primeiro momento,
encontram-se em uma situação de vulnerabilidade, mas que tem toda a tradição, toda a guia, o norte da
Fundação Pão dos Pobres. Por isso, meus parabéns, por todo o seu trabalho, por
todo o trabalho da Instituição e a todos aqueles que trabalham lá. Muito
obrigado, um abraço. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Irmão Albano, eu quero, no seu nome,
cumprimentar toda a comunidade escolar, toda a Fundação Pão dos Pobres, alunos,
pais, professores, educadores, educadoras, em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, dos Vereadores Engº Comassetto, Alberto Kopittke, Marcelo
Sgarbossa, Mauro Pinheiro; eu sou a Ver.ª Sofia Cavedon, sou da Educação, e,
portanto, sei o que significa, por 118 anos, fazer educação de qualidade, a
educação que o Pão dos Pobres se propôs, assumindo a criança, o adolescente de
forma integral, sempre. Desde a acolhida integral, em função da desagregação
das famílias, à educação integral, à preocupação com o mundo do trabalho, com
as alternativas de vida, com a assistência social. Eu acho que ali são
trabalhadas, como em nenhuma outra instituição, as várias áreas de
desenvolvimento do ser humano. Então, orgulha a nossa Cidade, orgulha a
caminhada da criança e do adolescente na cidade de Porto Alegre, porque, além
de tudo, o espaço Pão dos Pobres é para todo o tipo de organização desta
Cidade, sejam os Conselheiros Tutelares, seja o Fórum das Entidades, sejam os
debates. Então, é, para nós, uma Instituição sem igual, que fortalece uma
Cidade que cuida da infância e da adolescência. Desejo longa vida, parabenizo
todos, e que esta Instituição tenha a força e o apoio que merece da sociedade
porto-alegrense. Um abraço. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Irmão Albano, em nome da Bancada do PSD,
meu e do meu colega Ver. Tarciso Flecha Negra, que também faz um trabalho
maravilhoso com crianças, quero cumprimentar toda a família do Pão dos Pobres,
os professores, os alunos, e fico muito feliz em ver que o Pão dos Pobres ainda
mantém o curso técnico, tão necessário, tão desejado no Brasil todo. E aqui é
uma das poucas instituições ainda funcionando com curso técnico. Então, os
nossos parabéns e vida longa. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Bernardino. Quero desejar,
em nome da Casa, vida longa à Fundação Pão dos Pobres e que continue
executando, com muita força, as atividades que sempre vem fazendo.
Estão suspensos os trabalhos para as
despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h44min.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Thiago – às 14h45min): Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Presidente,
solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente,
entrar no período de Comunicações e, logo após, em Pauta Especial e Pauta.
Também solicito a transferência do Grande Expediente de hoje para a Sessão de
quinta-feira, de acordo com os Vereadores Engº Comassetto e Fernanda
Melchionna, que estavam escalados para esse período.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação os Requerimentos, de autoria
do Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADOS.
Solicito
que o Ver. Bernardino Vendruscolo me substitua na presidência dos trabalhos no
início da homenagem para que eu possa receber a comissão formada por
integrantes do Instituto de Cardiologia na sala da Presidência para,
inicialmente, conversarmos e, depois, darmos andamento aos procedimentos.
(O
Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Passamos
às
COMUNICAÇÕES
Hoje,
este período é destinado a homenagear o 43º ano de criação do 3º Batalhão de
Polícia do Exército, de autoria do Ver. João Carlos Nedel. Convidamos para
compor a Mesa: o Tenente-Coronel Rodrigo Ferraz Silva, Comandante do 3º
Batalhão de Polícia do Exército; e o Tenente-Coronel Marco Antônio Ribeiro,
representante do Comando Militar do Sul. Convido a todos para cantar o Hino
Nacional.
(O Hino Nacional é executado pela Banda do 3º
Batalhão de Polícia do Exército, conduzida pelo 2º Tenente Luis Pedro Pires
Fernandes.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Tenente-Coronel Rodrigo Ferraz Silva e
Tenente-Coronel Marco Antonio Ribeiro, senhoras e senhores, vocês devem ter
notado que acabei me virando na direção do Pavilhão Nacional. E hoje
especialmente o fiz não como uma provocação, pois eu, até o presente momento,
não estou convencido se quando nós cantamos o Hino devemos ficar de frente para
a plateia ou de frente para a nossa Bandeira. Aproveitei o momento para fazer
não uma provocação, mas para
registrar o que constantemente ocorre aqui nesta Casa. Já tentei consultar
autoridades no assunto; uns têm um entendimento, outros têm outro. Chego a
imaginar que, quem sabe lá, para resolvermos isso, deveríamos colocar a
bandeira em outro lugar, não mantê-la aqui atrás, mas num local de mais
destaque, mais à frente. Só faço este comentário porque estou aqui desde
janeiro de 2005 e venho tentando encontrar um entendimento que possa trazer a
unanimidade para o Plenário. É comum aqui, nas Sessões, quando se canta o Hino
Nacional, parte dos que estão na Mesa permanecer de frente para o público e
parte permanecem de frente para o pavilhão nacional. Tem vários argumentos, mas
essa dúvida persiste e não é só aqui; em outros locais, em homenagens, nós
estamos constantemente presenciando essa dúvida. Hoje, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores e homenageados, fiz propositadamente, até para nós encontrarmos um
comportamento único. Eu servi na PE, então, estou aproveitando que estou em
casa para fazer este registro.
O
Ver. João Carlos Nedel, proponente desta homenagem, está com a palavra em
Comunicações.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Ver. Bernardino
Vendruscolo; Tenente-Coronel Rodrigo Ferraz Silva, Comandante do 3º Batalhão de
Polícia do Exército; Tenente-Coronel Marco Antonio Ribeiro, representante do
Comando Militar do Sul; Srs. membros da Associação dos Veteranos da Polícia do
Exército do Rio Grande do Sul, membros componentes da banda do Comando Militar
do Sul, regida pelo Tenente Pires; oficiais e soldados presentes; prezados
alunos da Fundação Pão dos Pobres, que nos visitam – por esta visita muito nos
orgulhamos; Vereadores, Vereadoras, senhoras
e senhores; qual o sentido da homenagem como a que estamos prestando hoje, por
iniciativa deste Vereador, ao 3º Batalhão de Polícia do Exército? Muita gente
parece não se dar conta, mas o Brasil vive uma crise institucional como nunca
antes, neste País, se viu. Todas as pesquisas de avaliação da confiança do povo
nas mais importantes instituições nacionais, independentemente dos institutos
que as realizam, mostram, com clareza, essa situação imensamente preocupante. A
mais recente, publicada no dia primeiro deste mês, feita pelo IBOPE,em nível
nacional, confirma a queda vertiginosa da confiança nas instituições, sendo as
mais afetadas, pela ordem, a Presidente da República, o Sistema Público de
Saúde, o Governo Federal e o Congresso Nacional. E, quando o povo não confia,
cuidado, pois as consequências são imprevisíveis. Mas há um destaque a ser
observado nesse quadro pessimista.
No
ano de 1989, um ano após a promulgação da Constituição Federal de 1988, o povo
brasileiro, empolgado pelos novos ares dos novos tempos com um Governo civil,
motivado pela propaganda que ainda hoje sobrevive em alguns meios, manifestava
uma confiança nas Forças Armadas de apenas 51%, com um índice de desconfiança
de 43%. Passados mais de dez anos e três mandatos de Governo Federal, um quarto
Governo popular ainda em curso, deteriorada a confiança na Presidente e no
Governo, a pesquisa revela que, avaliada a sua real participação na vida
nacional, a confiança do povo nas Forças Armadas cresceu ano a ano, passando de
51%, em 1989, para 75%, em 2013, o mais alto patamar entre as instituições,
enquanto o Governo Federal caiu para 41%.
Não
se trata aqui de uma pesquisa isolada, que poderia ser entendida como o retrato
de um momento. Trata-se de uma série histórica que mostra uma avaliação reativa
do povo às mudanças de qualidade em suas instituições. Não é o impacto de um
evento qualquer, Ver. Nereu, mas é, sim, a avaliação do povo a respeito do que
as instituições têm feito e do modo pelo qual têm agido nos últimos 13 anos.
Nessa
avaliação, as Forças Armadas subiram de forma notável na confiança do povo,
indo, como já disse, de 51% para 75%. Há quem se engane pensando que o povo não
está atento à realidade, mas o povo vê o que acontece e sabe em quem confiar
quando é preciso. O povo brasileiro hoje confia muito mais em suas Forças
Armadas do que em outras instituições, a despeito das maquinações dos inimigos
da Pátria. Não sou eu quem diz isso, mas as pesquisas que o demonstram. O povo
brasileiro sabe que poderá contar com as Forças Armadas sempre que houver
ameaça à democracia, ou se tornar perigosa, como agora, a estabilidade
institucional.
É
com essa visão das Forças Armadas que, representando o povo de Porto Alegre,
homenageamos hoje o 3º Batalhão de Polícia do Exército, que tantos e
assinalados serviços tem prestado ao Brasil, na guerra e na paz, dando a essa
tropa o conceito que, com justiça, ostenta.
O
3º Batalhão de Polícia do Exército é um dos motivos de orgulho de Porto Alegre,
pois, nesses 43 anos, tem cumprido fiel e eficazmente suas missões nos campos
que lhe são afetos, como perícia, investigação criminal, trânsito, controle de
distúrbios, policiamento de pessoal, proteção e segurança de instalações e de
autoridades, e diversas outras atribuições inerentes às polícias do Exército.
O Sr. Valter Nagelstein: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) Quero fazer coro, em nome do meu
Partido, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, dos nossos
Vereadores aqui presentes – Ver. Idenir Cecchim, Ver.ª Lourdes Sprenger – à sua
homenagem, ressaltando a importância do Exército Brasileiro, àquilo que disse
na tribuna no dia do encaminhamento: na própria noção de continentalidade do
nosso País está a mão do Exército Brasileiro e do seu Patrono; nas lutas do
último século contra o totalitarismo, lá está o sangue brasileiro, através do
nosso Exército, da nossa Força Aérea, das nossas Forças Armadas, da Marinha do
Brasil. É extremamente justo e correto, Sr. Presidente, esta Casa Legislativa,
que expressa o poder civil, homenagear e lembrar o poder militar. Nenhuma nação se faz desenvolvida se
não tem uma democracia bem assentada e se não tem as Forças Armadas prontas e
com história, como é o caso das nossas Forças Armadas. O Batalhão e a Policia
do Exército têm um papel fundamental não só no que concerne para dentro da
instituição militar, mas também no papel que desempenha junto à sociedade. Por
isso, é importante reconhecê-la e reverenciá-la.
Parabéns
a V. Exa. e a todos os representantes aqui, integrantes do 3º Batalhão do
Exército, bem como as nossas galerias cheias, hoje, de estudantes do poder
civil, vendo um pouco do que é a tarefa do nosso Legislativo, que compreende a
fiscalização, a propositura de leis, mas que compreende também justas
homenagens àqueles que merecem ser homenageados pela voz e pela Casa do Povo de
Porto Alegre. Parabéns e muito obrigado.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Obrigado, Ver. Valter Nagelstein.
Lembremo-nos todos que o 3º Batalhão de Polícia do Exército é uma unidade do
Exército Nacional e é hoje parte essencial da vida da nossa Cidade. Preciso
destacar, Ver. Bernardino, a grande preocupação do Comandante, Tenente-Coronel
Ferraz, aqui presente, com a formação profissional dos soldados, fazendo com
que eles, quando retornarem a sua situação civil, tenham uma profissão. Assim,
através do Programa Soldado Cidadão e, também, dos cursos profissionalizantes
do Pronatec, o 3º BPE está formando cidadãos com as mais diversas profissões,
além de sua formação militar, com disciplina, respeito à hierarquia e civismo.
E é o povo porto-alegrense que, hoje, através da Câmara Municipal, demonstra a
confiança que tem em suas Forças Armadas, agradecendo ao 3º BPE pelos serviços
até aqui prestados e com grande alegria, comemorando os seus 43 anos de
existência.
Parabéns
ao 3º Batalhão de Polícia do Exército; parabéns ao seu Comandante, aos
Comandantes anteriores, aos oficiais e praças que o compõem e parabéns também
ao Exército Nacional pela alta qualificação dessa Unidade e pela excelência dos
serviços que presta à nossa comunidade. Parabéns, Exército Nacional! (Palmas)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Obrigado,
Ver. João Carlos Nedel.
A
Ver.ª Mônica Leal está com a palavra em Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero dizer a
vocês que me sinto muito honrada em ocupar esta tribuna para falar dessa
Instituição que carrego no coração há longa data.
Lembrando
o Dia do Soldado, transcorrido ontem, dia 25 de agosto, prestamos esta
homenagem ao 3º Batalhão de Polícia do Exército de Porto Alegre pelos 43 anos
da instalação do Quartel da Rua Correia Lima, no morro Santa Tereza, em 1970.
De lá para cá ocorreram mudanças na história do Brasil e muitas transformações
no Exército Brasileiro, em termos de novas demandas, atuações, estratégias de
defesa, projetos, modernizações, tecnologias e aproveitamento dos soldados nas
mais variadas missões junto à sociedade civil. Isso sem jamais deixar de seguir
seus princípios, crenças, valores e o código de honra do policial do Exército,
baseado na honestidade, no cumprimento da ordem, no correto uso da autoridade,
no amor à farda e no dever de servir a qualquer missão. Assim, homenageio todos
aqueles militares que passaram pelo também chamado Batalhão Brigadeiro Jerônimo
Coelho e que, a partir dele, exercem suas funções para o bem de Porto Alegre,
para o bem do Rio Grande do Sul e do nosso Brasil.
Dando
o meu depoimento pessoal, sempre me senti muito honrada em ser filha de um
militar, que construiu desde moço a sua carreira e elegeu o Exército Brasileiro
como sua família, sua escola de vida, que, por consequência natural, foi também
a minha, pois com ele muito aprendi e ainda hoje aprendo. Desde cedo, então,
com o exemplo do Coronel Pedro Américo Leal, passei a admirar e respeitar cada
soldado em sua nobre missão de defesa da Pátria e da nossa Bandeira. Quando
prestigio os eventos do Exército, como na sexta-feira, quando estive presente
na cerimônia alusiva ao Dia do Soldado, no 3º Regimento de Cavalaria de
Guardas, e hoje, aqui neste Plenário, sinto o quanto estimo esta família
verde-oliva e quanto meu pai conseguiu naturalmente me passar seus valores
militares, que foram fundamentais para minha formação pessoal e profissional.
Nascer dentro do Exército foi crescer em um mundo privilegiado.
Pelo
dia 25 de agosto, faço pública, mais uma vez, a minha gratidão e presto esta
homenagem ao Exército e ao soldado brasileiro, por tudo o que realizaram e que
ainda vão realizar pela grandeza do nosso País. Quero parabenizar aqui o Ver.
Nedel, por esta proposição comemorativa, colega que está sempre em sintonia com
as causas e datas militares, assim como eu. Cumprimento o atual Comandante, o
Rodrigo Ferraz Silva, e, em nome da Instituição, quero que receba meus votos de
admiração por tudo o que já foi construído nesses 43 anos de trabalho sempre
incansável do nosso 3º Batalhão. Obrigada.
(Revisado
pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Obrigado,
Ver.ª Mônica Leal. Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que presida os trabalhos,
dando-me oportunidade, também, de fazer um pronunciamento.
(O Ver. João
Carlos Nedel assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra em Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero
cumprimentar os componentes do 3º Batalhão do Exército, que aqui representam,
neste momento, o soldado brasileiro. E, prosseguindo a minha fala, faço o
registro de cumprimentar os meninos que aqui estavam e esses demais
trabalhadores, pela forma como estão se deslocando.
Não
é comum, nós, que estamos aqui no dia a dia trabalhando, presenciarmos tamanho
comportamento de gentileza com este plenário. Os Srs. Vereadores sabem que,
muitas vezes, nós temos dificuldade aqui de fazer a nossa fala, em razão da
falta de condições de ordem, como diz o Ver. João Derly. Então, quero
cumprimentá-los também, porque as senhoras e os senhores também são os soldados
do Brasil. São os soldados que trabalham no dia a dia, porém, em trincheiras
diferentes; em trincheiras diferentes, mas também são soldados, homens e
mulheres.
Eu
quero, Ver. João Carlos Nedel, cumprimentá-lo, as Sras. Vereadoras e os Srs.
Vereadores também, pela iniciativa. Eu tenho mais do que a obrigação de aqui
estar, em razão de ter servido gloriosamente o 3º Batalhão de Polícia do
Exército, nos anos de 1973 e 1974, e me permita, Coronel, sem querer me gabar,
eu servi na melhor Companhia – na época, a 2ª Companhia. Desculpe-me, mas faço
este registro para não deixar os meus colegas de Companhia lá atrás sem poder
que os represente aqui neste momento, assim como costumeiramente faço, porque
vim lá de São Borja, da cavalaria hipo – naquele ano, tivemos a transformação
da cavalaria hipo para cavalaria mecanizada. Então, eu sempre disse e digo que
a Polícia do Exército, com o nosso grupo vindo lá de São Borja, teve um
incremento muito grande, Coronel, principalmente na prática de combate em
localidade. Naquela época, havia muito treino no combate em localidade. E nós
viemos com aprimoramento lá daquela região de São Borja.
Vejam,
os senhores e as senhoras, que eu ainda me mantenho entusiasmado. Acho, sim,
que as Forças Armadas fazem um trabalho maravilhoso, fico muito contente em
saber que o trabalho de qualificação profissional está acontecendo e torço para
que assim permaneçam, porque nós, realmente, precisamos, no Brasil inteiro, de
um aprimoramento técnico e profissional.
Assim
como fiz o registro aqui, do Colégio Pão dos Pobres, os senhores também fazem
esse trabalho maravilhoso, e que bom! Porque, em tempos de paz, se prepara para
a guerra, é verdade! Mas também não podemos esquecer daquela guerra diária que
acontece na nossa Pátria e da necessidade de trabalharmos para sobreviver. Lá
se vão vários anos! Mas eu ainda sou, na gíria, “cachorrão” – esse era o
apelido, e acho que até hoje, para quem não sabe, as pessoas que estão nos
assistindo –, como são tratados os servidores, os soldados da Polícia do
Exército. Quem foi, sempre será! Então, mais uma vez, os nossos cumprimentos.
Também
preciso fazer um registro: há poucos dias, quando da aprovação desta homenagem,
alguns colegas exaltados e despreparados fizeram críticas à proposição do Ver.
Nedel. E eu fui um dos que subiu a esta tribuna e registrei que há um ranço que
vem lá de trás. E não venham me dizer que sou favorável a torturas e outras
coisas mais. Ainda que eu entenda que guerra é guerra, por isso é bom não
entrar na guerra, tem-se que evitá-la; e só há guerra, quando há dois querendo
brigar. Bom, quem fez essa crítica esqueceu que todos os militares, com exceção
do Comandante máximo, todos cumprem ordem quando agem. Mas e quem dá a ordem ao
Comandante máximo? A nossa Constituição. Mas e quem é o Comandante máximo hoje?
A nossa Presidenta Dilma. Este é um recado para quem contestou esta homenagem.
Um abraço.
(Não
revisado pelo orador.)
(O Ver. Bernardino Vendruscolo reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Convido o
Ver. João Carlos Nedel para entregar o Certificado.
(Procede-se
à entrega do Certificado.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): O
Tenente-Coronel Rodrigo Ferraz Silva está com a palavra.
O SR. RODRIGO FERRAZ SILVA: Sr. Presidente. (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) Antes de mais nada, quero agradecer à
referência e a prestimosa homenagem do Ver. João Carlos Nedel ao 3º Batalhão de
Polícia do Exército, Batalhão Brigadeiro Jerônimo Coelho.
Eu gostaria de dizer quem somos, quem é o 3º
Batalhão de Polícia do Exército. É uma Organização Militar de Polícia do
Exército, valor Batalhão, que possui a denominação histórica de Batalhão
Brigadeiro Jerônimo Coelho. Entre os
grandes feitos do Brigadeiro Jerônimo Coelho, posso destacar duas das principais: foi
Presidente da Província do Rio Grande do Sul, e foi quem escreveu o Tratado da
Paz de Poncho Verde, que pacificou a Revolução Farroupilha.
O Batalhão Brigadeiro Jerônimo Coelho é
composto, na sua grande maioria, de cidadãos porto-alegrenses, jovens que estão
prestando seu serviço militar inicial, jovens nascidos neste solo querido,
neste solo abençoado. Aí cresce a nossa importância em formar o cidadão gaúcho
que vem cumprir a Lei, que é o Serviço Militar Obrigatório.
Dentre as atividades de um Batalhão de Polícia
do Exército, temos duas principais: primeira, as atividades militares na qual o
jovem é formado policial do Exército, um policial militar; a segunda, que
considero tão ou mais importante, é a formação da sua cidadania. O jovem
brasileiro hoje, quando vai prestar o Serviço Militar Obrigatório, muitas vezes
ele é oriundo das classes menos favorecidas da sociedade, e vê, no Exército, a
sua primeira oportunidade. É ali onde o jovem, muitas vezes, sem pai declarado,
recebe o primeiro contato, o primeiro carinho e as primeiras instruções de como
proceder na vida adulta, é a transição do seu final de adolescência e o início
da vida adulta, aí crescem de importância a condução, a instrução e as
atividades do comando e dos instrutores do 3º BPE.
Posso citar que, na formação dos cidadãos,
estamos, juntos, com uma parceria no Sistema S, e os projetos Soldado Cidadão,
Pronatec, bem como na qualificação, onde muitos soldados, no final de seu
período de instrução, saem como auxiliar de mecânico, auxiliar de enfermaria,
auxiliar de cozinheiro, adestrador de cães. Muitos deles tiram sua carteira de
motorista dentro da unidade e, no final da vida, vão ser motoristas das grandes
empresas de Porto Alegre. Isso é tão verídico que, após o ano de instrução,
quando o soldado der a baixa, ou seja, terminando o tempo de Serviço Militar
Obrigatório, muitas empresas da cidade de Porto Alegre e região vêm recrutar
seus talentos humanos no 3º Batalhão de Polícia do Exército, tendo em vista confiar no profissional
que ali foi formado.
O
Exército Brasileiro, e principalmente o 3º BPE, muitas vezes, transcendeu suas
atividades para além da cidade de Porto Alegre. Posso citar as atividades no
Timor Leste, no Haiti, onde, por diversas vezes, contingentes de jovens
brasileiros, jovens cidadãos porto-alegrenses foram, além das fronteiras, levar
o apoio e o carinho às pessoas que mais necessitavam.
Quero
falar ainda que, em outras oportunidades, conforme o Ver. João Carlos Nedel
falou, quando o cidadão porto-alegrense, quando o povo necessita de um apoio é
nas portas dos Batalhões do Exército que vão pedir ajuda, pedir socorro, e
posso citar calamidades como enchentes, a própria tragédia da Boate Kiss, onde
a população confiou no Exército, é lá onde vão pedir ajuda, e sempre serão
ajudados. Quero reafirmar essa proposição. Além disso, quando falamos na mão
amiga, o Exército está presente nas campanhas contra a dengue, nas eleições
municipais, nas eleições federais, qualquer tipo de eleição está presente
levando a segurança e a lisura das eleições a todos os rincões do Rio Grande do
Sul.
Quero,
por fim, convidar todos os integrantes desta Casa para visitar o 3º BPE, que
fica na Rua Correia Lima, 550, e venham conhecer um pouco do que estou falando.
Quero
reafirmar a visão do Ver. Bernardino Vendruscolo de que o ranço tem que ser
deixado de lado, e que o Brasil somente alcançará a sua hegemonia quando as
instituições estiverem coesas e sinergicamente alinhadas. Isso será a base para
o desenvolvimento do País. Que Deus abençoe todos! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Convidamos
todos os presentes para ouvir a canção do 3º Batalhão de Polícia do Exército,
executada pela Banda do Batalhão, conduzida pelo 2º Tenente Luis Pedro Pires
Fernandes.
(A
canção é executada pelo 3º Batalhão de Polícia do Exército.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h28min.)
(O
Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às
15h32min): Estão
reabertos os trabalhos. Quero dar os parabéns à homenagem pelos 43 anos do 3º Batalhão de Polícia do Exército.
O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo da Ver.ª Any Ortiz.
O
SR. MAURO PINHEIRO: Ver. Dr. Thiago, Presidente desta Casa; demais
Vereadores e Vereadoras, público nas galerias, público que nos assiste, venho
aqui para falar sobre a CPI da Procempa que será instalada na semana que vem,
com as 14 assinaturas dos nobres Vereadores, entre os quais Vereadores da
oposição, dois Vereadores independentes e mais três Vereadores da base do
Governo que acharam necessária a constituição dessa Comissão Parlamentar de
Inquérito. Agora, a Procuradoria já confirmou que tudo está dentro do padrão
necessário, conforme a Constituição, Ver. Mario Fraga, e o Presidente já mandou
colher as assinaturas dos Líderes com as indicações da composição dos 12
Vereadores. Então, até a próxima sexta-feira, teremos a constituição da CPI e
marcaremos, junto com os outros 11 integrantes, a instalação da CPI,
provavelmente já na semana que vem, para darmos início aos nossos trabalhos.
Eu tenho me dedicado, Ver. Christopher Goulart, pelo
menos há três anos, a essa matéria da Procempa. Várias vezes vim a esta tribuna
denunciando, fiz várias representações
ao Ministério Público de Contas, ao Ministério Público do Patrimônio Público,
muitas delas aceitas pelo Ministério Público, foram representações que acabaram
surgindo mais tarde. O Prefeito também está abrindo sindicâncias, fazendo
apurações, devido às quais o Presidente da Procempa acabou caindo, junto com
Diretores. O Ministério Público foi até a casa de quatro pessoas ligadas à
Procempa; de quatro pessoas, três acabam presas por porte ilegal de armas em
suas casas. Nove armas em uma, duas em outra, uma em outra. O Ex-Presidente, o
Sr. André Imar Kulczynski, joga R$ 46 mil pela janela, quer dizer, há vários
indícios de irregularidades. Portanto, o que eu quero alertar aos Vereadores
desta Casa, que vão compor essa CPI, é que nós teremos um excelente e um grande
trabalho pela frente, e nós, Vereadores, temos que dar uma resposta para a
opinião pública, para essas manifestações que aconteceram na Cidade, no Estado,
no País, que são contra a corrupção. Está na hora de esses 12 Vereadores que
vão compor essa CPI debruçarem-se e trabalharem arduamente para demonstrar que
esta Casa, sim, tem capacidade de fazer aquilo que está na Constituição e no
Regimento desta Casa, que é fiscalizar o dinheiro público, pois a sociedade
está cansada de corrupção e de desvio de recursos públicos, e nós teremos a
obrigação de demonstrar que os Vereadores, independentemente de quem vão ser os
responsáveis por esses desvios, independentemente de qual partido, de qual a
relação, nós temos, sim, que fazer a nossa parte e fiscalizar. Esse é o alerta
que faço. Tenho certeza de que os Vereadores que vão fazer parte vão trabalhar
para esclarecer essas dúvidas, independentemente de onde vamos chegar. Quero
dizer que o próprio Governo, ao fazer, Ver. Clàudio Janta, um diagnóstico, um
relatório, do qual quero ler apenas alguns trechos, demonstra o quanto teremos
trabalho. O relatório, que foi feito por integrantes do Governo, diz o
seguinte. (Lê.): “6.2. A Administração da Procempa se manteve inerte em
relação às recomendações
sistematicamente apresentadas nos relatórios da Auditoria-Geral do Município, o que induz, no mínimo, a configuração
de culpa administrativa por parte dos agentes
responsáveis pelo controle da Companhia. 6.3, Existem contundentes
indícios nos sentido da ocorrência de lesão ao Erário e/ou enriquecimento
ilícito, senão vejamos (...)”. Nos processos de várias empresas, nem nota
fiscal tinham, apenas xerox. Não havia documentos, não havia processos e eram
executados pagamentos a diversas empresas”. Também quero ler mais este
trecho (Lê.): “Não parece admissível que R$
1.562.759,35, ressalta-se, valor que
se refere, somente, à amostragem de
um período, tenham sido pagos sem a devida comprovação documental, ou seja, sem apresentação da Nota Fiscal original, bom como
tampouco comprovada a formalização do
rito contratual, conforme impõe a Lei Federal nº 8.666/93”. Também diz aqui (Lê.): “Constatou-se a consolidação de um relacionamento
entre Procempa e AFP – Associação dos
Funcionários da Procempa, em princípio, prejudicial ao interesse público, a começar pela transferência de recursos em favor da AFP para obras civis, eventos,
compra de equipamentos e prestação de serviços”. Outro trecho (Lê.): “A gravidade da situação constatada, especialmente
quanto à possibilidade de vínculo
entre agentes públicos e as empresas cujos processos de contratação e pagamento não estão devidamente fundamentados e
formalizados, demanda, desde logo, a
participação do Ministério Público”.
Então, Vereadores, essas não são minhas
palavras, são de relatório e diagnóstico representado pelo próprio Município de
Porto Alegre. Então, esta Câmara de Vereadores não pode se calar e tem que
fazer a sua função. Por isso conto com os 12 Vereadores que integrarão a CPI
para buscar justiça, saber os responsáveis, o paradeiro dos mais de R$ 50
milhões desviados dos cofres públicos e buscarmos o ressarcimento e as
responsabilidades. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. CLÀUDIO JANTA: Presidente, nós estamos com vários servidores
da Saúde na nossa Casa. (Palmas.) E, desde quinta-feira, para tristeza da
população de Porto Alegre, a Saúde tem sido tema nesta Casa, pela morte de um
cidadão de Porto Alegre por falta de assistência. As informações eram de que as
nossas ambulâncias, todas com GPS, estavam na rua; depois veio a controvérsia,
e hoje nós estamos com 400 funcionários de Saúde da Família que foram
desligados do Município de Porto Alegre. Logo, nós estamos sem 400 funcionários
de Saúde da Família no atendimento à população de Porto Alegre no dia de hoje.
O Secretário da Saúde não está cumprindo um acordo firmado, em que os quais
permaneceriam em seus locais de trabalhos. Então, eu acho que esta Casa tem que
discutir esse assunto no dia de hoje. Nós não podemos estar com a formalidade
que nós temos, de Pauta, de tempo, eu acho que nós teríamos que abrir para as
Bancadas, abrir para os Vereadores, para discutir esse tema de extrema
importância para a nossa Cidade. O nosso Prefeito e todos nós aqui, quando
usamos esta tribuna, dizemos que o bem maior das pessoas de Porto Alegre é a
vida. E, quando nós tiramos 400 pessoas que preservam a vida e trabalham com a
vida, eu acho que é de extrema importância para esta Casa discutir isso. Hoje
nós temos 400 pessoas que defendem a vida de Porto Alegre, aqui nesta Casa,
porque foram impedidas de trabalhar. Então, eu acho que a Casa do Povo tem que
discutir uma forma de essas pessoas, imediatamente, voltarem a preservar a
vida, o bem maior das pessoas de Porto Alegre. (Palmas.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Sr. Presidente, já comunico aqui, no microfone de apartes, a sugestão que fiz,
apoiada pelos funcionários públicos – os funcionários da Saúde que têm
diferentes cargos e que estão aqui presentes – ao conjunto dos Vereadores.
Porque nós sabemos que a Prefeitura de Porto Alegre tem compromisso político de
ampliar as equipes de Estratégia de Saúde da Família, o SUS demanda isso, a
Atenção Básica e Saúde da Família de Porto Alegre é muito reduzida, e nós
sabemos que o concurso feito pelo IMESF, que está questionado na Justiça, é
verdade, mas que tem um debate jurídico, não dá conta dessa ampliação. Então, a
proposição concreta é de que os atuais funcionários, vinculados ao Instituto de
Cardiologia, sejam mantidos por mais dois anos e que a Prefeitura nomeie os
concursados para as novas equipes, para a extensão da Estratégia de Saúde da
Família, mantendo atendimento por quem tem qualidade, porque isso é uma forma
também de justificar ao Tribunal de Contas o porquê de manter os dois vínculos.
Então, eu vou formular o documento e apresentar ao conjunto dos Vereadores para
que todos assinemos e encaminhemos ao Prefeito Municipal nesta tarde ainda.
(Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Perfeito.
O SR. MAURO
PINHEIRO:
Ver. Dr. Thiago, eu quero fazer um apelo a Vossa Excelência. Este Vereador já
fez um Requerimento para que o Secretário Municipal Casartelli venha a esta
Câmara Municipal, numa Sessão Plenária, explicar vários acontecimentos, e quero
acrescentar mais este, o da dispensa dessas 400 pessoas, que o Secretário
venha, urgentemente – que já foi aprovado na Mesa –, a esta Casa explicar os
fatos acontecidos nos últimos dias na Secretaria Municipal de Saúde. Muito
obrigado. (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado. Eu quero dizer, mais uma vez, que
vocês são muito bem-vindos a esta Casa e quero explicar um pouco ao público que
nos assiste, até na sugestão do Ver. Janta, podendo iniciar os debates.
Nós temos acompanhado com muita preocupação a
questão da PSF na cidade de Porto Alegre. Nós, e digo nós, porque todos nós, e
vocês inclusive, estiveram presentes na reunião que tivemos com o Vice-Prefeito
e com o Secretário Municipal de Saúde, no dia 28 de junho de 2013, que foi
amplamente divulgada pelo site da
Prefeitura, pelo site da Câmara e pelos
meios de comunicação. Lá estavam presentes mais de cem servidores do PSF de
Porto Alegre, quando o Secretário quis desqualificar o movimento e colocou que
o contrato já estava renovado por mais um ano. (Palmas.) Muito nos surpreendeu
quando, na sexta-feira, chega – e não fomos só a nós que surpreendeu, me parece
que também se surpreenderam o Vice-Prefeito e o Prefeito – a informação de que
o Secretário está demitindo os profissionais do Instituto de Cardiologia, a
partir do rompimento do conveniamento. Eu acho extremamente preocupante essa
situação, por vários motivos. Preocupante, porque existe a discussão jurídica
do IMESF; ponto um. Preocupante, porque são de 300 a 400 chefes de família que
ficarão sem trabalho. Preocupante, porque vocês carregam o DNA do PSF em Porto
Alegre. (Palmas.) Muitos de vocês começaram com as associações de moradores,
com contratos precários, há mais de 15 anos em Porto Alegre! Vocês foram
capacitados, utilizando dinheiro público, pela Prefeitura. E o mais complicado
de tudo isso é que a lei, que foi aprovada nesta Casa, que trouxe o IMESF, não
foi respeitada. Eu passo a ler o art. 32, inc. III,
da Lei nº 11.062, de 2011 (Lê.): “em até 12 (doze) meses, contados da data de
publicação desta Lei, realização de concurso público para a admissão dos demais
profissionais previstos no Quadro de Empregos do IMESF, constante do Anexo II
desta Lei, sendo que, na primeira edição, a prova escrita terá somente caráter
eliminatório, e quem atingir 50% (cinquenta por cento) de acertos na prova escrita
passará para a próxima etapa, que terá o tempo de serviço no exercício do
Programa de Saúde da Família de Porto Alegre como medida classificatória para o
ingresso no IMESF”. Isso não foi contemplado no edital! Portanto, o edital está
errado? E pode ter inclusive a sua legalidade questionada. E nós estamos aqui
hoje. Já participamos, com diversos Vereadores – Ver.ª Fernanda Melchionna,
Ver. Clàudio Janta, Ver.ª Sofia Cavedon – na presidência de uma reunião, e o
Dr. Alexandre Dionello, Procurador desta Casa, está indo até o Executivo, nos
representando, exatamente para tentar sensibilizar e ponderar essas questões.
Esperamos que ele volte com uma notícia positiva, porque senão o PSF em Porto
Alegre, não são só esses profissionais, vai estar muito comprometido. Parabéns
pela mobilização de vocês. (Palmas.)
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, da mesma forma que os demais
Vereadores encaminharam, eu vou encaminhar a preocupação da Bancada do PSD. Há
poucos dias esta Casa foi invadida e a invasão teve o apoio de alguns colegas.
Alguns colegas apoiaram; quer queiram, quer não, não se pode negar. Muito bem,
agora, nem bem termina – e nem terminou ainda essa delonga –, começa essa outra
que envolve o Poder Executivo nas questões que tratam especificamente da Saúde
neste momento. E eu trago à apreciação de V. Exa. o que eu vou colocar:
imagine, V. Exa., o que passa pela cabeça dos Vereadores do PSD – e falo em
nome do Ver. Tarciso Flecha Negra e em meu nome –, se V. Exa., como médico,
Presidente desta Casa, do Partido do Sr. Prefeito, tem dificuldade para
resolver isto, o que então espera a sociedade da nossa possibilidade, da
possibilidade da Bancada do PSD? Estou vendo que nós estamos perdidos, com todo
o respeito. Desculpe-me, mas estamos perdidos, porque me parece que esse
assunto poderia ser resolvido imediatamente. V. Exa. é médico, é o Presidente
da Câmara de Vereadores, é do Partido do Prefeito, e aí, o que é que nós vamos
fazer? (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): É verdade.
A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
em Comunicações.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, quero cumprimentar os
trabalhadores da Saúde que estão aqui na tarde de hoje, dizer do nosso apoio à
sua mobilização, ao mesmo tempo em que a gente se indigna como as coisas
funcionam no nosso País e no nosso Município, pois, ao mesmo tempo em que os
trabalhadores pagam a irresponsabilidade dos governos, quem está na frente da
política de Saúde, do atendimento, por exemplo, ao Programa Saúde da Família
como é o caso de vocês, nos últimos anos trabalhou com a faca no pescoço, com a
faca no pescoço das empresas que muitas vezes faziam assédio moral, demitiam
por opinião política dos trabalhadores, roubavam dinheiro público, como foi o caso
do Instituto Sollus, que roubou mais de R$ 20 milhões do Município de Porto
Alegre – R$ 20 milhões! –, e a corda sempre ficou no pescoço de vocês. E agora,
depois de tanta terceirização, de tanto sucateamento da Saúde pública, numa das
grandes conquistas do movimento, como bem lido no Projeto de Lei do IMESF, que
previa que os pontos de experiência valeriam mais no concurso público, isso foi
desrespeitado. Estamos falando de trabalhadores e trabalhadoras que conhecem as
comunidades há mais de 15 anos, há mais de 10 anos, em muitos casos, 8 anos, e
isto é uma das premissas do Programa Saúde da Família. O atendimento
continuado, Ver. Alex, dentro das comunidades e a lógica da saúde preventiva.
Esses trabalhadores que já passaram por dezenas de casos de perseguição, de
assédio moral – o assédio moral foi enorme, nós aqui pegamos vários casos na
Câmara –, e agora trabalham com a faca no pescoço. Primeiro, porque o acordo
com a Câmara de Vereadores e com os trabalhadores, sobretudo no Edital do
IMESF, não foi cumprido. Eu tenho muita tranquilidade porque nós votamos contra
o IMESF. O IMESF é a privatização da Saúde pública. E nós defendemos a Saúde
pública, nós defendemos que vocês sejam servidores estatutários para sair a
faca do pescoço. Por isso é fundamental o concurso para a Saúde pública que
valorize o tempo de experiência que vocês têm, porque é uma forma de garantir a
qualidade do serviço para a população e, por outro lado, melhores condições de
trabalho
para vocês, mas eles querem sempre terceirizar, privatizar, para sucatear
direitos, para poder seguir com a lógica do assédio moral e, ao mesmo tempo,
porque a terceirização é a porta aberta da corrupção. Mas quando estoura, são
sempre os trabalhadores que são penalizados no País, pois, infelizmente, os Governos
privilegiam os ricos, são os privilégios dos políticos. Imagino a noite de cada
um dos trabalhadores que está aqui passou, tentando dormir com essa faca no
pescoço e com as contas chegando em casa, tendo que seguir o trabalho – não é
fácil, não é digno, não é humano, não é respeitoso para quem, durante quinze
anos, dedicou a sua vida a construir a Saúde pública em Porto Alegre, e mais,
que teve um compromisso do Governo. Nós vimos, foi publicado no site, dia 26 de junho, a renovação do
contrato, porque o IMESF já foi decretado inconstitucional. Nós
sabemos que o Tribunal de Justiça já decretou a sua inconstitucionalidade, e eu
sempre disse isso porque está na Constituição Federal que a Saúde pública não
pode ser privatizada, as Fundações de apoio não podem ser criadas em áreas
essenciais, como é o caso da Saúde pública. Mas neste momento em que a gente
discute esta situação dramática, nós vemos que uma importante companhia, como é
o caso da Procempa, em Porto Alegre, serviu para uma quadrilha desviar cerca de
R$ 50 milhões em contratos irregulares, com ausência de licitações, com direito
a dinheiro voando pela janela, enquanto o povo pena nas filas dos postos de
saúde, os trabalhadores estão com a faca no pescoço.
Nós estamos discutindo, neste momento, o
chamamento dos Técnicos em Enfermagem. Nós defendemos que eles sejam chamados,
pois foram aprovados no concurso, e a Prefeitura diz que vai cortar gastos, mas
não corta os CCs, não diminui as Secretarias, não revê as obras desnecessárias
para a Copa; seguem as farras das empreiteiras, a farra da especulação
imobiliária e a farra do cabide de emprego. Quero deixar o nosso apoio à luta
dos trabalhadores porque não aceitamos essa lógica de que é o povo que sempre
paga a irresponsabilidade dos Governos.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Apregoo Requerimento, de autoria da Ver.ª Luiza
Neves, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no período de 26 a 29 de
agosto de 2013.
Quero destacar a presença do Ver. Miguel,
Líder do PTD de Guaíba.
Quero-lhe responder, Ver. Mauro Pinheiro,
que chegou a mensagem do Secretário Casartelli, dizendo que estará aqui no dia
5 de setembro, à tarde. Já estão todos convidados.
O
Ver. Prof. Alex Fraga está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Boa-tarde a todos; minha colega Fernanda
Melchionna, eu gostaria de mandar um abraço ao Ver. Pedro Ruas, a quem
substituo, pois está afastado por licença médica.
Devemos
pensar sempre que esta Instituição, esta Casa e todas as casas legislativas,
executivas, as casas do Judiciário existem para servir o povo. Aqui estamos a
serviço dos nossos pares, dos nossos conterrâneos. Infelizmente, muitas vezes,
o Poder Público mal administrado, malconduzido, leva a grandes injustiças. Deveríamos
zelar pelo bem de todas as pessoas, já que são as pessoas que fazem a Nação. As
pessoas são a verdadeira razão de estarmos aqui reunidos debatendo, legislando.
Devemos zelar pelo bem delas. Mas, infelizmente, nem sempre essa é a linha de
raciocínio de quem está no poder. Infelizmente, muitas vezes, os governos são
grandes loteamentos de interesses! E, infelizmente, na barganha política, na
barganha eleitoral, loteia-se um governo. O que estamos vendo é o resultado do
loteamento de um Governo! O nosso Prefeito loteou cargos, loteou Secretarias; e
estas, mal administradas, têm como reflexo essa bandalheira a que nós estamos
expostos. Denúncias de todos os tipos, em todos os confins deste Governo! É
triste, é triste! Mas sempre quem paga é a população, que não deveria pagar em
hipótese alguma! E aqui vai também, Dr. Thiago, uma extensão talvez desse
convite, que foi feito para o Secretário da Saúde, ao nosso Prefeito. No
pronunciamento do Ver. Bernardino Vendruscolo, na homenagem que foi prestada ao
Exército, ele falou, se não me falha a memória, que existe uma hierarquia e
quem manda é que deve responder inicialmente!
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Se o nosso Prefeito manda no Secretário
da Saúde, o Secretário da Saúde tem que prestar todo e qualquer tipo de obediência ao
nosso Prefeito. Portanto, se temos graves problemas na Procempa, se temos
graves problemas na Secretaria da Saúde, na Secretaria Municipal de Obras e
Viação, o Prefeito é o responsável que, infelizmente, não está sendo zeloso com
relação ao cuidado primordial, que deveria ser empregado na análise dos seus
Secretários, do seu corpo técnico. As pessoas que deveriam ser incumbidas
desses cargos, dos cargos de chefia, de controle de análise, deveriam ser
pessoas, antes de qualquer coisa, técnicas, com conhecimento técnico acima de
qualquer coisa, e não, simplesmente, cabide de empregos. Infelizmente, essas
péssimas práticas políticas, esse loteamento de cargos, que acontece em nosso
País, há muitos anos, vai continuar comprometendo a nossa população por muito
tempo ainda. Cabe a todos nós zelar para que isso acabe, mais cedo ou mais
tarde, mas devemos ter a obrigação de lutar, sempre, constantemente, contra o
que está acontecendo. A nossa juventude foi às ruas, os trabalhadores foram às
ruas, agora, nós temos uma Nação, ou uma nação de cargos executivos, fazendo
novamente “ouvido de mercador”, não querendo levar adiante temas importantes
que foram lançados, como a reforma política. Pelo visto, nada vai sair do papel
e, infelizmente, é o povo quem paga, sempre o povo quem paga. Isso deixa muita
gente brava, muita gente triste. E aí o que acontece? Invasão de casas
legislativas; invasão do Congresso; o povo vai às ruas, quebra tudo – o povo
não aguenta mais! É sempre na cabeça dos menos favorecidos, da população, dos
comuns, como nós. Eu sou apenas Suplente de Vereador do PSOL, estou aqui
substituindo o Ver. Pedro Ruas, que é fantástico, é a nossa grande voz, junto
com a Ver.ª Fernanda Melchionna, no combate às injustiças e denúncias contra
essas péssimas práticas que, na nossa Cidade, em nosso País, são adotadas
sempre. Um grande abraço a todos. Força, vocês serão vitoriosos!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Thiago; Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras;
senhoras e senhores aqui presentes na tarde de hoje, quero registrar que depois de quinze dias afastado,
estou de volta. Quero trazer o meu abraço a todos, e dizer que estou
acompanhando de perto a questão que traz aqui, hoje, esse debate todo e que diz
respeito à questão da Saúde do Município de Porto Alegre.
E
aqui vamos conversar coisas que sei, praticamente todos, se não todos os
senhores e as senhoras sabem: que o Governo Municipal de Porto Alegre, meu caro
Presidente, está, sim, atento, apreensivo, compreendendo a demanda de cada um.
Já houve uma manifestação relativamente à própria voz do nosso Vice-Prefeito
Melo no sentido de conduzir bem a questão que é, sim, delicada, e todos nós
compreendemos a necessidade de bem gerir essa situação. E houve, sim, um
comprometimento do Executivo Municipal da não demissão das senhoras e dos
senhores. (Palmas.) Acontece que o foco está um tanto distorcido, porque, na
verdade, depois dessa manifestação favorável, aconteceu, Sras. Vereadoras e
Srs. Vereadores, uma posição duríssima do Tribunal de Contas do Estado: pela
não renovação do contrato. E é uma posição do ente, do órgão fiscalizador dos
agentes públicos. É por isso que não dá para simplesmente dizer: “Não, agora
dane-se o Tribunal de Contas, e vamos fazer a coisa de forma A ou B”.
O
que nós temos hoje é o Prefeito, o Vice-Prefeito e nós, Vereadores, todos,
empenhados nessa questão. E o que está acontecendo agora? O Processo está na
PGM, e vamos aguardar que posição a PGM toma, vamos aguardar uma flexibilização
do próprio Tribunal de Contas para aí, sim, podermos dar os encaminhamentos que
sejam favoráveis a todos. É por isso que estamos aí para dizer que a questão
hoje é uma determinação do Tribunal de Contas, e o Governo precisa olhar com
todo o carinho essa posição. Que bom seria se essa posição fosse aquela posição
que muitos de vocês estão sinalizado. Aguardamos até a definição do Tribunal de
Contas, e, a partir disso, muda o enfoque da condução desta negociação.
Portanto,
estamos aí para dizer que estamos, todos nós, atentos a essa questão e buscando
uma saída que seja melhor para todos. Obrigado e um abraço.
(Não
revisado pelo orador.)
(Vaias.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Mario Fraga.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores; eu
queria agradecer ao Ver. Mario Fraga, que me cede este tempo aqui. Queria dizer
aos Vereadores que, novamente, ou o Ministério Público ou o Tribunal de Contas
querem exercer o nosso papel de legislar nesta Casa. E nós não podemos nos
furtar do que nos foi garantido pelo povo: o direito de fazer leis e legislar.
(Palmas.) Eu acho que o povo nos outorgou, aos 36 Vereadores que representam a
sociedade, a vinda para esta Casa para fazer leis. Eu acho que esta Casa tem
Procuradoria, esta Casa tem uma Comissão de Constituição e Justiça, esta Casa
tem várias representações da sociedade, e, quando esta Casa faz leis, as leis
debatidas e feitas por esta Casa têm que ser respeitadas. (Palmas.) Se a Casa
fez lei, ela tem que ser respeitada. Não pode também esta Casa ou o Executivo,
quando o Tribunal de Contas faz uma consulta, automaticamente se curvarem. Esta
Casa representa o povo de Porto Alegre, e o povo de Porto Alegre nunca se
curvou. O povo de Porto Alegre ficou décadas lutando; este povo de Porto
Alegre, há séculos, luta.
Volto
a afirmar que este povo de Porto Alegre está precisando de Saúde, o povo de
Porto Alegre está precisando de que a nossa Saúde seja tratada como ela deve
ser tratada, ou seja, no Sistema Único de Saúde. E há várias pessoas que não
querem isso, várias! Primeiro, os planos de saúde, que não querem que as
Unidades Básicas de Saúde funcionem, que não querem que o Programa de Saúde da
Família funcione, que não querem que as nossas UPAs funcionem, que não querem
que as nossas redes de emergência e redes hospitalares funcionem, porque, se o
Programa de Saúde da Família funcionar, se as nossas Unidades Básicas de Saúde
funcionarem, se as nossas UPAs funcionarem, e os nossos hospitais do SUS
funcionarem, acabou a mamata dos planos de saúde. Acabou, porque não existe
melhor sistema de Saúde do que o público; não tem, não existe melhor e mais
democrático sistema de Saúde do que o público. Agora, ele tem que ser bem
administrado, e isso não está acontecendo em Porto Alegre há muito tempo. O
nosso Secretário privatizou as ambulâncias para a Ecosul; o nosso Secretário
privatizou os contratos de vigilância; nós temos 84 vigilantes aprovados no
concurso público, e nós temos empresas terceirizadas fazendo a vigilância dos
nossos postos de saúde, das nossas UBSs e UPAs; o nosso Secretário privatizou os
laboratórios e o nosso Secretário vem tentando privatizar toda a Saúde de Porto
Alegre.
A
nossa Saúde tem que ser pública, tem que validar os concursos públicos já
feitos na área da Saúde, tem que absorver... Não adianta nós ficarmos
terceirizando a ponta, a ponta não tem que ser terceirizada, a ponta tem que
ser do Município. Então, se as pessoas não tiverem ambulância, se as pessoas
não tiverem como ser atendidas no dia de hoje, de amanhã, porque tem 420
funcionários da Saúde aqui nesta Casa, disponibilizados pelo Governo, liguem
para o Secretário Casartelli, liguem para o 911.32447, é o telefone do
Secretário. Liguem para ele! Liguem para o celular do Secretário Casartelli:
911.32447. (Palmas.) Vou repetir para você que está em casa e quer levar seu filho,
quer levar sua avó, quer levar sua mãe num pronto atendimento, numa UBS, e não
tem como levar: 911.32447; ou o fixo, lá na Secretaria de Saúde do Município, o
32.89.28.99, ou mande um e-mail para
o Secretário: Casartelli@sms.prefpoa.com.br.
Esse é o homem que está maltratando a população de Porto Alegre na Saúde!
Repito: 911.32447. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero fazer um esclarecimento. Eu tenho
em mãos o e-mail que deu origem a
esta discussão toda. Diz assim (Lê.): “De: Auditoria-Geral do Município.
Enviada em: quinta-feira, 1º de agosto de 2013, 14:32. (...) Assunto:
Solicitação do TCE/RS. Prezado Secretário Municipal: Visando ao constante aperfeiçoamento
dos mecanismos de controle e fiscalização mais eficazes sobre a Gestão Pública,
em estrita consonância com o preconizado pela Lei Fundamental e pelo
ordenamento jurídico vigorante, o TCE/RS instituiu o Espaço do Controle
Interno, ferramenta pela qual se ampliam as formas de comunicação e de troca de
informações com os agentes de Controle Interno, tanto da esfera municipal
quanto da estadual. Desta forma, nos termos do § 1º do art. 33 da Lei Orgânica
do TCE/RS, estamos reenviando a solicitação do TCE protocolada com o código
11.594 abaixo transcrita, para sua manifestação até 15/08/2013, para que esta
Auditoria encaminhe a resposta eletronicamente ao TCE – RS”. Então, na verdade,
isso é uma pergunta, e se está criando essa instabilidade toda a partir de um
questionamento – dos vários que o TCE faz à Prefeitura Municipal, à Câmara de
Vereadores também, faz vários questionamentos, então, a partir de um
questionamento é que se está criando essa instabilidade toda que estamos vendo
aqui. Quero deixar bem claro que não é nenhuma decisão do TCE, é um mero
questionamento do TCE. (Palmas.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Presidente, eu gostaria, antes de fazer a
minha manifestação, de fazer a leitura ao conjunto dos Vereadores e aos futuros
colegas da proposta de carta ao Prefeito Municipal, de posicionamento do
conjunto dos Vereadores (Lê.): “Sr. Prefeito José Fortunati. Considerando a
extrema necessidade de ampliação da Estratégia de Saúde da Família na Cidade e
a importância de não haver descontinuidade de atendimento da população; a
existência de funcionários experientes e preparados que já atuam nas Equipes de
Saúde da Família há anos através do convênio com o Instituto de Cardiologia; a
dificuldade de provimento de trabalhadores da Saúde seja para a manutenção das
atuais Unidades de Saúde, seja para completar as Equipes Saúde da Família
existentes, que dirá a constituição de novas equipes; que o IMESF está sub judice na sua constitucionalidade, os Vereadores e Vereadoras
abaixo-assinados propõem que os funcionários que atuam nas Equipes de Saúde da
Família através do Cardiologia tenham seu contrato prorrogado por mais dois
anos, enquanto vige o atual concurso do IMESF, e os concursados do mesmo sejam
nomeados para as novas Equipes de Estratégia da Família a serem constituídas na
Cidade; que oito meses antes do final deste período seja realizado novo
concurso pelo IMESF, se o mesmo existir, que valorize a experiência em Equipe
de Saúde da Família.” (Palmas.) Essa é a proposta para o conjunto dos
Vereadores assinarem.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver.ª Sofia. Acho que pode
protocolar.
O SR. AIRTO FERRONATO: Vou fazer uma proposta. Eu acho que é uma
proposta interessante para todos nós e é uma proposta para a Câmara, até pela
urgência da questão e pelo que acontecerá amanhã. Amanhã nós temos reunião das
Comissões. Então, eu estou propondo, minha estimada Vereadora, que essa
correspondência se encaminhe e se discuta amanhã na Comissão de Saúde.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. AIRTO FERRONATO: E que, a partir de amanhã, se encaminhe
para o Prefeito.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente, apenas para fazer um
apelo aos nobres Líderes: que se possa avaliar hoje em função de que os
funcionários estão paralisados, e nós gostaríamos de retomar as atividades. Com
todo o carinho que eu tenho pelo Ver. Airto.
O SR. AIRTO FERRONATO: Então, eu estou retirando a proposta, e
vamos encaminhar a correspondência, sem problema nenhum.
(Manifestação
nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Ver. Ferronato, acho que toda a ajuda de
todas as Lideranças desta Casa é importante na medida em que nós temos uma
discussão que está em andamento na Procuradoria do Município, inclusive com o
interlocutor retirado desta Casa, em reunião, que é o nosso Procurador Dionello.
Acho que a sua participação e a sua sensibilidade para dissuadir a não execução
dessas demissões é importante.
O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, Ver. Dr. Thiago, quero
cumprimentar aqui o Prefeito de Colinas, Gilberto Antônio Keller, e o filósofo
e professor de Lajeado, Gustavo Arossi, que nos visitam hoje.
Presidente,
eu dizia há pouco que pelo fato de o senhor ser médico, Presidente desta Casa,
da base do Governo, do mesmo Partido do Prefeito, eu acho que este é um assunto
que pode, sim, ser tratado e dado o encaminhamento. Quero falar em nome da
Bancada do PSD – eu e o Ver. Tarciso Flecha Negra –, para não ficar neste
debate em que uns são vaiados e outros aplaudidos, aquele negócio todo.
Tecnicamente é possível. Não podemos garantir que se vá resolver, mas sugiro
que se faça o encaminhamento, através de uma discussão com os líderes do grupo,
até para que eles não fiquem aqui a tarde toda; não que não possam ficar, mas
para ser mais profícuo o encaminhamento.
O
que é lamentável, Ver. Airto Ferronato, V. Exa. que é Líder do Governo... E
aqui fala quem tem muito conforto, porque não sou da oposição e não sou da
situação, e tem gente que ainda critica – tem que ser de um lado ou de outro.
Não, nós da Bancada do PSD somos das boas causas, e eu quero dizer, sem medo de
errar: o grande problema é que as pessoas se transformam. Durante o período da
campanha eleitoral, Ver. Janta, eles aparecem com uma pelagem, com uma
plumagem; quando terminam as eleições, eles perderam todas as penas. Aí
aparecem os problemas. Antes e durante o período de campanha não tem problema,
tudo é possível, é fácil de resolver. E é aqui, é lá, é em todos os lugares,
sempre a mesma cantilena. Nisso eu acho que nós, que passamos por um crivo
eleitoral e normalmente apresentamos uma proposta, deveríamos rodar na metade
ou no andamento do curso por não termos atingido a expectativa que se gerou
durante a campanha, porque isso é muito ruim. Durante a campanha há as promessas,
vamos resolver, há uma estrutura, e às vezes não sabemos de onde vem tanto
dinheiro para as campanhas. E, quando termina a eleição, desaparecem os que
prometeram.
Quando
eu falo em muito dinheiro, Ver. Nereu D’Avila, eu não falo deste ou daquele
governo, da situação ou da oposição, porque nós temos pessoas da situação, da
oposição, uns Vereadores, outros candidatos a Prefeito, uns se elegeram, outros
não se elegeram, e não sei de onde eles conseguem tanto dinheiro! Eu não sei de
onde! E vem de todos os lugares e de todos os Partidos. Eu cheguei a brincar,
um tempo atrás, mas agora já passou muito tempo e nem posso brincar mais.
Quando surgiu o meu Partido, o PSD, eu brinquei com todo mundo: o mais sério do
Brasil é o PSD. Mas tudo é uma questão de tempo. É lamentável! E eu ainda vejo,
às vezes, alguém com tamanha coragem que vem aqui e fala: o meu Partido é o
mais sério do Brasil, de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e não sei o quê!
Gente, não há mais espaço para esse discurso. Há espaço sabem para qual
discurso? Para aquele das pessoas que têm responsabilidade. E essas pessoas não
se separam por Partido, isso vem da criação, é de cada um de nós. E nós estamos
em todos os Partidos, por isso nós precisamos buscar entre nós a solução para
tudo. Nós, esse grupo que tem responsabilidade, que tem um único discurso
durante a campanha e no caminhar do mandato. E, meus amigos, tem pouca gente;
desculpem-me a minha franqueza, mas tem pouca gente! Porque é muito comum, às
vezes, um colega garantir um voto para ti e, passados dois dias, ele vem dizer:
“Pois é, pediram-me para votar contra”. E tem gente que ainda fala em separação
dos Poderes. Nós temos três Poderes! É mentira. Só tem um Poder, com todo o
respeito, o que tem dinheiro. Porque são poucos os que se salvam, poucos que
aguentam o tirão. E esses sofrem. Nós somos uma minoria, mas se nós
permanecermos unidos, buscando cada um lá dos diversos partidos, nós vamos
vencer, é uma questão de tempo – podem aguardar. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Estimados colegas, muito boa-tarde; Sr.
Presidente, Ver. Dr. Thiago, todos os trabalhadores da Saúde, do Cardiologia –
e que lá sigam –, eu ouvi aqui atentamente as falas dos colegas e do Líder do
Governo, colega que, individualmente, na sua função, obviamente, tem todo o
nosso respeito. Mas temos divergência com os argumentos que o senhor vem aqui
expor, que na verdade são do Governo, do Prefeito Fortunati, da coalizão de
Partidos que estão hoje na Prefeitura de Porto Alegre. E eu penso que bom seria
se todos os apontamentos do Tribunal de Contas, a Administração, efetivamente,
ouvisse, porque o Tribunal de Contas já vem apontando a Procempa há anos, e
eles não tomaram nenhuma providência! Mas, para mandar gente embora, aí usam
como argumento apontamentos.
Eu
acho importante aproveitar a vinda, aqui, dessas dezenas de trabalhadores da
nossa Cidade. Aliás, a colega Fernanda muito bem falou do sofrimento que vocês
estão passando, com certeza, e as suas famílias, e eu ainda imagino as centenas
de pessoas que vocês atendiam e que estão sem atendimento, hoje, nas suas
casas, na periferia de Porto Alegre. Não é no Moinhos de Vento, porque, se
fosse, vocês não estariam na rua; é na vila, na periferia, que está sem
atendimento das Equipes de Saúde da Família. É importante que a gente possa
entender o que está acontecendo na nossa Cidade, porque o caso de vocês é só
mais um, numa trajetória que a Cidade está vivendo, muito triste e que, talvez,
nunca tenha vivido coisa igual na sua história recente.
Na
quinta-feira, o Prefeito anunciou o maior corte orçamentário que a Cidade já
viu: ele cortou R$ 312 milhões do Orçamento da nossa Cidade. Isso são
investimentos, são serviços e a valorização de servidores da nossa Cidade. Ele
tentou dar um caráter positivo a esse corte, cortando os 94 Cargos em Comissão,
que nós vamos cobrar para ver quem são e quanto ganhavam, porque nós temos
informação
de que esses quadros sequer nomeados estavam. Mas é importante a gente ver por
que chegou a esse dia, que, de positivo, não teve nada. Na verdade, na
quinta-feira, o Prefeito Fortunati decretou a quebra de Porto Alegre, porque
nesses últimos nove anos a nossa Cidade tem sofrido uma terrível gestão, uma
terrível falta de transparência! Se estivessem no caixa da Prefeitura os R$ 50
milhões da Procempa, os R$ 10 milhões da Sollus – só para falar daqueles que já
saíram na imprensa, para não me chamarem de caluniador; se esse dinheiro
estivesse no cofre, não precisaria cortar da Cidade. Se não tivesse criado os
18 Sub-Secretários, como ele criou em dezembro, as 18 funções gratificadas de
R$ 3 mil, os três novos Secretários para a Prefeitura, a Cidade não precisaria
estar cortando hoje. Se não tivesse que atender a esse conjunto de interesses,
porque hoje, na verdade, a Prefeitura funciona por interesses daqueles que
ocupam os cargos. É isso que está acontecendo na Saúde e tem que ser dito! A
Secretaria de Saúde funciona muito bem, não para a Cidade, não para os
servidores, para os trabalhadores, mas para o Secretário Casartelli, que lá
está! E assim é nas demais Secretarias. Não tem gestão! A Cidade funciona para
atender aos interesses de quem está ocupando os cargos políticos. Não tem um
projeto de Cidade. É isso que estamos vivendo.
E o Prefeito injustamente tentou colocar – para
minha surpresa – a culpa na Presidente Dilma! A Presidente que sempre atende a
ele. Inclusive, na madrugada do incêndio do Mercado Público, atendeu ao
Prefeito, e repassou mais de R$ 20 milhões. E é assim sempre. E qual a minha
surpresa? O Fundo de Repasse aos Municípios aumentou de R$ 50 milhões em 2004
para R$ 150 milhões em 2012, triplicou! E ele ainda vem colocar a culpa na
Presidente Dilma, que está sempre atendendo ao Prefeito!
Então, a situação é muito grave na nossa Cidade.
Hoje, vocês estão sofrendo na carne isso, mas a cada semana estamos vendo essa
situação se repetir nos mais diversos órgãos, nos mais diversos serviços da
Cidade. Que tristeza viver nesta Cidade que já foi a capital da qualidade de
vida e que hoje despenca ladeira abaixo e sequer respeita a quem trabalha por
ela!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
o Ofício está passando para que o conjunto dos Vereadores, aqui presentes,
assine conosco uma construção coletiva que encaminha – aqui está o Gil,
representando a Prefeitura – uma solução boa tanto para Prefeitura quanto para
os funcionários, eu não tenho a menor dúvida. O encaminhamento para a extensão
do tempo de contrato de vocês por mais dois anos, nesse período um novo
concurso, e que o concurso que o IMESF fez – nós mesmo não acreditando nele e
tendo votado contra – seja utilizado, enfim, para a expansão das Equipes da
Família prometidas em campanha, esperadas, aguardadas pelo conjunto da
população de Porto Alegre, que mais sofre, exatamente, também porque vocês
estão aqui tendo que lutar para continuar atendendo eles, paralisando as suas
atividades. Então, é a prova do desmando de gestão da Prefeitura de Porto
Alegre e que se reflete na saúde da população.
Eu
fico aqui ouvindo Vereadores da base do Governo, o Presidente desta Casa, Vereadores
da base do próprio Partido do Prefeito criticarem frontalmente, de uma forma
dura, a política da Saúde na Prefeitura de Porto Alegre. Não é a oposição que
está fazendo isso sozinha, vejam bem, é a base do Governo. Eu fico me
perguntando: que costas quentes tem esse Secretário de Saúde? O que sustenta
esse Secretário de Saúde, Ver.ª Lourdes, do PMDB? O que sustenta esse
Secretário?
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Eu quero dizer que é uma jogada de risco,
porque quem está pagando a conta é a população de Porto Alegre por uma força
oculta que nós não sabemos qual é, porque, por muito menos, já caíram
Secretários nas Administrações, que eu conheço, Presidente. E acho que é muito
arriscado para um Prefeito que tem pretensões, como o Prefeito José Fortunati,
e para um Vice-Prefeito, com a história do Ver. Sebastião Melo, a sustentação
dessa Secretaria, nesse modelo de gestão; é muito arriscado. Já se arriscaram
muito com a Procempa; sustentaram até ir para a cadeia o Presidente da Procempa,
até jogar dinheiro para fora da janela; ele tinha um CC na Prefeitura. Se a
gente contar isso lá fora, vão dizer que é uma novela dessas que fazem chacota
de gestão de Prefeituras do Interior, mas não, é na Capital dos gaúchos, onde a
corrupção grassa, e o Prefeito vai sustentando, tira de um cargo e bota na
sua... E por alguma força oculta que eu não sei qual é. Está na hora de a
Cidade sacudir! Está na hora de a Cidade entender, porque os prejuízos são
muito grandes, e a turma que está aqui já passou por todas essas turbulências.
Na Saúde, quando houve aquela opção desastrosa do Prefeito Fogaça – depois
continuada pelo Fortunati, que era Secretário do Planejamento –, desaprovada
por todos, de troca da FAURGS pela Sollus, desaprovada e indicada por esta
Casa. (Palmas.) Vários de vocês caminharam pelas ruas da cidade de Porto
Alegre, dizendo: “Não confiem! Essa empresa é de fundo de quintal, essa empresa
já fez falcatrua, ela não tem experiência em saúde da família”, e a Prefeitura
bancou. Depois, houve a morte de Secretário, houve desvio de R$ 10 milhões,
houve o IMESF enfiado goela abaixo contra todas as entidades da Saúde! Todas!
(Palmas.) Todas as entidades representativas dos trabalhadores eram contra o
IMESF! Todas! Era a dos enfermeiros, dos médicos, de todo o mundo; do
Sindisaúde... e a Prefeitura bancou o IMESF. Bancou, e o IMESF está aí, não
consegue cumprir, não consegue colocar médico no posto de saúde, dizia que
tinha que criar o IMESF senão não iria ter médico; e está lá e não há médico! Está
lá, fez um péssimo concurso, fez mal o concurso e vocês, que são bons e
experientes, não entraram. (Palmas.) Portanto, está provado que o IMESF é um
fracasso, mais um fracasso dessa Prefeitura! (Palmas.) E quem está pagando a
conta é quem está morrendo na fila, morrendo esperando o SAMU, quem está nas
macas, nas cadeiras da emergência desta Cidade. Essa é a verdade! Quem teve que
ir ao posto de saúde não encontrou quem atendesse para a vacinação, porque
vocês estão demitidos! (Palmas.) E essa revolta... Isso não bate, parece que,
para o Prefeito, não bate, assim como na Procempa, há dinheiro sendo jogado
fora pela janela, há arma na casa de dirigente, e o Prefeito não se dá conta.
Quem é que está por trás, segurando esses corruptos, esses errados, esses maus
gestores que prejudicam a cidade de Porto Alegre? Nós não damos acordo, não
concordamos e estamos com vocês para mudar essa gestão. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Encerrado o período de Comunicações.
Passamos
à
DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/10 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2458/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 029/13, que dispõe
sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2014.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Não havendo Vereadores inscritos, está
encerrada a Pauta Especial.
O
Presidente está informando que não ingressaremos na Ordem do Dia por não haver
matérias priorizadas neste momento.
Passamos
à
PAUTA -
DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05
minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 0459/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 010/13, de autoria da Verª Fernanda Melchionna e do
Ver. Pedro Ruas, que obriga a instalação de bike
racks nos veículos do sistema de transporte coletivo por ônibus do
Município de Porto Alegre.
PROC. Nº 1484/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 140/13, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa e do Ver.
Mauro Pinheiro, que dispõe sobre a obrigatoriedade de afixar, nas paradas,
estações e terminais, placas informativas dos serviços de transporte público de
passageiros, por coletivos e lotações, de Porto Alegre.
PROC. Nº 1597/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 161/13, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que obriga
as pessoas físicas ou jurídicas que locam ou emprestam bicicletas a
disponibilizar esses veículos equipados com os itens previstos no inc. VI do
art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito
Brasileiro –, fornecer capacetes para os usuários do serviço, e dá outras
providências.
PROC. Nº 2325/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 268/13, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que inclui
as efemérides Dia do Tatuador e Semana Municipal do Tatuador no Calendário de
Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº
10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 20 de julho e
na última semana do mês de outubro, respectivamente.
PROC. Nº 1301/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 009/13, de autoria da Verª Mônica Leal, que
altera o caput, renomeia o parágrafo
único para § 1º e inclui § 2º no art. 91-A da Lei Complementar nº 12, de 7 de
janeiro de 1975 – que institui posturas para o Município de Porto Alegre e dá
outras providências –, e alterações posteriores, definindo a sanção de
reparação de dano a que está sujeita a pessoa que pichar ou conspurcar
edificação ou monumento, públicos ou particulares. Com Emendas nos 01 e 02.
PROC. Nº 1323/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 124/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que altera o
inc. III e inclui parágrafo único no art. 7º, e inclui §§ 3º, 4º e 5º no art.
34 da Lei nº 8.133, de 12 de janeiro de 1998 – que dispõe sobre o Sistema de
Transporte e Circulação no Município de Porto Alegre, em especial, ao Código de
Trânsito Brasileiro e dá outras providências –, alterada pela Lei nº 8.323, de
7 de julho de 1999, dispondo sobre a responsabilidade do Conselho Municipal de
Transportes Urbanos – COMTU – e sobre a capacitação da tripulação do transporte
coletivo.
PROC. Nº 1769/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 179/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina
Rua dos Butiazeiros o logradouro público cadastrado conhecido como Estrada Onze
– Loteamento Parque São Paulo.
PROC. Nº 1770/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 180/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina
Rua dos Jabutis o logradouro público cadastrado conhecido como Estrada Três –
Loteamento Parque São Paulo.
PROC. Nº 1771/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 181/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina
Rua Teiú o logradouro público cadastrado conhecido como Estrada Oito –
Loteamento Parque São Paulo.
PROC. Nº 1772/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 182/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina
Rua dos Araçás o logradouro público cadastrado conhecido como Estrada Sete –
Loteamento Parque São Paulo.
PROC. Nº 1773/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 183/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina
Rua Adroaldo de Souza Santos o logradouro público cadastrado conhecido como
Estrada Dez – Loteamento Parque São Paulo.
PROC. Nº 1774/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 184/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina
Rua Lineu Barbosa dos Santos o logradouro público cadastrado conhecido como
Estrada Dois – Loteamento Parque São Paulo.
PROC. Nº 1775/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 185/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina
Rua Flávio Garrafielo o logradouro público cadastrado conhecido como Estrada
Seis – Loteamento Parque São Paulo.
PROC. Nº 1776/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 186/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina
Rua dos Bugios o logradouro público cadastrado conhecido como Estrada Doze –
Loteamento Parque São Paulo.
PROC. Nº 1853/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 025/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton,
que renomeia o parágrafo único para § 1º e inclui §§ 2º e 3º no art. 83 da Lei
Complementar nº 12, de 20 de janeiro de 1975 – Código de Posturas –, e
alterações posteriores, estabelecendo multa para o caso de utilização de
aparelho de som ou instrumento musical cuja emissão sonora ultrapasse os níveis
de intensidade permitidos.
PROC. Nº 1971/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 215/13, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que
denomina Rua Flor de Lis o logradouro público não cadastrado conhecido como
Beco Três – Rua Dolores Duran –, localizado no Bairro Agronomia.
PROC. Nº 2177/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 253/13, de autoria da Verª Luiza Neves, que declara de
utilidade pública a Ação Social da Aliança do Rio Grande do Sul – ASA/RS.
PROC. Nº 0901/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 074/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que
obriga as escolas de ensino fundamental e de educação de jovens e adultos (EJA)
da rede pública municipal a ministrarem disciplina específica sobre dinâmica
cultural da violência, técnicas de mediação de conflitos e consequências e
prevenção quanto ao uso de drogas lícitas e ilícitas. Com Emenda nº 01.
PROC. Nº 1570/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 155/13, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
assegura isenção do pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos
municipais às pessoas que doarem sangue ou integrarem associação de doadores,
nos casos que especifica.
PROC. Nº 2509/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 031/13, que autoriza o Poder Executivo a contratar
operações de crédito no valor total de R$ 64.727.120,91 (sessenta e quatro
milhões setecentos e vinte e sete mil cento e vinte reais e noventa e um
centavos) com instituições bancárias mantidas pelo Governo Federal e dá outras
providências.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 2663/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
Nº 201/12,
de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que inclui parágrafo único no art.
7º da Lei nº 8.133, de 12 de janeiro de 1998 – que dispõe sobre o Sistema de
Transporte e Circulação no Município de Porto Alegre, adequando a legislação municipal
à federal, em especial ao Código de Trânsito Brasileiro, e dá outras
providências –, alterada pela Lei nº 8.323, de 7 de julho de 1999, determinando
que a Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) tenha em sua
composição 1 (um) advogado indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil – Secção
do Rio Grande do Sul (OAB-RS).
PROC. Nº 0471/13 – PROJETO DE EMENDA À
LEI ORGÂNICA Nº 001/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que altera o
§ 1º do art. 157 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, garantindo que
os serviços de saúde sejam prestados 24 (vinte e quatro) horas por dia, todos
os dias.
PROC. Nº 1188/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 105/13, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que
considera de interesse público as ações que consolidam o cumprimento e a plena
aplicação da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999 – Plano Diretor
de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre – PDDUA –, e alterações
posteriores. Com Emenda nº 01.
PROC. Nº 1275/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
Nº 114/13,
de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que proíbe a publicidade, a promoção e a
exposição de produtos fumageiros nos estabelecimentos comerciais do Município
de Porto Alegre e dá outras providências. Com
Emenda nº 01.
PROC. Nº 1299/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 119/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que declara de
utilidade pública o Conselho da Comunidade para Assistência aos Apenados das
Casas Prisionais Pertencentes às Jurisdições da Vara de Execuções Criminais e
Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas de Porto Alegre.
PROC. Nº 1487/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 143/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que
proíbe a realização de eventos em locais públicos por empresas dos ramos
fumageiro e de bebidas alcoólicas no Município de Porto Alegre e dá outras
providências.
PROC. Nº 2335/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 025/13,
de autoria da Mesa Diretora, que altera a ementa, o caput dos arts. 1º, 2º, 4º, 7º, 8º, 9º, 10, 15 e 17 e o § 1º do
art. 4º, inclui incs. I, II e III e § 3º no art. 4º da Resolução nº 1.559, de
22 de agosto de 2001, e alterações posteriores, e revoga o art 2º da Resolução
nº 2.293, de 23 de abril de 2013, alterando a denominação Estágio Curricular
para Estágio Extracurricular e dispondo sobre o número de seus postos.
PROC. Nº 1711/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 173/13, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que obriga
empresas fornecedoras de bens e serviços executados de forma contínua a
estenderem aos consumidores cujos contratos estejam em vigor as condições
oferecidas para adesão de novos consumidores.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Vereadores e Vereadoras,
público que nos assiste pela TVCâmara, em casa; e, aqui nas galerias, os
funcionários da Saúde. A Pauta, para os funcionários da Saúde entenderem, são
projetos que estão tramitando nesta Casa. E eu venho a esta tribuna para
defender o PELO nº 001/13, que está em 2ª Sessão, de minha autoria, que altera
o § 1º do art. 157 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, garantindo que
os serviços de saúde sejam prestados 24 horas por dia, todos os dias. A Saúde,
nesta Cidade, é tratada como horário bancário pelo seu Gestor; não pelos
profissionais que fizeram o juramento e o cumprem. O Gestor acha que a Saúde é
resolvida em um protocolo, mas a população de Porto Alegre precisa de acesso à
Saúde e tê-la disponível. Essa população de Porto Alegre que não tem acesso à
Saúde, quando é negada uma ambulância para atendê-la, quando é negado a ela –
no dia de hoje, mais de 400 funcionários estão aqui –, o direito de vacinar
seus filhos, o direito de ir a um posto de saúde, porque eles estão fechados,
porque o Secretário da Saúde entende que a saúde tem horário! E nós vamos dizer
para as crianças: “Tu ficas doente até às 17 h, de segunda a sexta, e, depois,
tu vais para as filas das emergências”. Nós temos um Secretário que entende que
as ambulâncias têm que ficar ao seu inteiro dispor. Mas nós entendemos que a
saúde é um bem maior, a saúde que todos os cultos, credos e religiões pregam
que a vida tem que ser disponibilizada. Nós não podemos ver uma Secretaria
gastar R$ 1 milhão num gibizinho e não ter R$ 1 milhão para contratar
funcionários! Nós não podemos ver um Município gastar uma fortuna com CCs e
Secretarias, mas não ter dinheiro para contratar funcionários para a Saúde. Eu
já falei, várias vezes, nesta tribuna e volto a falar: diminuam o número de
Secretarias! Nós não precisamos ter, no Município de Porto Alegre, esse número
de Secretarias! Nós não precisamos ter, no município de Porto Alegre, esse
número absurdo de Cargos em Comissão, que daria, com certeza, para contratar
esses 400 funcionários que estão aqui hoje! (Palmas.) Os 400 CCs que nós estamos
pedindo para dispensar – eu venho pedir nesta tribuna para contratar – daria
para contratar esses funcionários da Saúde! Eu acho engraçado que o Tribunal de
Contas da União, que diz que não pode ter 400 funcionários para atender o povo
de Porto Alegre, nunca diz que não pode ter esse “trenzinho da alegria”, que é
essa montoeira de CCs que tem em Porto Alegre! (Palmas.) Nunca diz! Agora, ele
diz que nós podemos morrer! Por que esse Tribunal de Contas não exige do
Governo do Estado os R$ 45 milhões que o Governo do Estado deve para a
Prefeitura de Porto Alegre? Por que não exige que o Secretário da Saúde, que é
do meu Partido, mas que tem um Chefe que é o Governador, pague os R$ 45 milhões
que deve para nós? Por que não exige? Por que o Tribunal de Contas do Estado do
Rio Grande do Sul não exerce a sua função e exige também que a União faça todos
esses repasses para a Saúde? Nós achamos que dá para abrir os postos de Saúde,
as Unidades Básicas de Saúde durante 24 horas. A Saúde é um todo! A Saúde é um
todo! E, para ela funcionar, além das UPAs, além dos PSFs, nós precisamos ter
as UBSs abertas 24 horas. E, quando as pessoas tiverem problemas de saúde, e
não conseguirem, nesse período, serem atendidas, liguem para o Secretário. Quem
não pegou o telefone ainda, o telefone é 91.13.24.47, do Secretário Casartelli,
que poderá resolver o problema de quem precisa de saúde, de ser atendido num
posto de saúde ou de uma ambulância: 91.13.24.47 é o telefone do Secretário da
Saúde Carlos Casartelli.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Não havendo mais inscritos, está
encerrada a discussão da Pauta.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 16h42min.)
* * * * *